segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Nerdices (Janeiro 2009)

Por que perdi o sono?
Há tempos não acontecia.
Talvez porque o coração,
Há muito que não fervia.

Será que o 'firewall' da solidão
Travou o 'cookie' da paixão?
Ou um 'link' de emoção
Baixou o vírus da ilusão?

Uma informação truncada
Guardada na variável errada
Causou um colapso danado
Na minha base de dados.

Desde a hora que entrei naquele chat, perdido,
Buscando encontrar assunto pra um bate-papo sem juízo,
Ri-me aos montes pensando:
"Por que sinto-me ridículo?".

Agora entendo o sentido
De tal questão ter surgido,
Pois, pode ser tempo perdido
Aquele passado aos dígitos.

Mas talvez esteja enganado
Ao pensar com tanto juízo,
Pois, como perder o prestígio
Por um bate-papo gratuito?

Sendo sincero acredito
Que algo foi consumido
Talvez tenha sido meu disco rígido
Pois, de fato, está reduzido.

Então, tentando acalmar os sentidos
Do coração em rebuliço,
Escrevo linhas como num livro
Pois, afinal, que são os 'nerds' sem isso?

Aqueles que usam óculos
E citam os seus jargões,
Merecem, do melhor modo,
Sentirem seus corações.

Pois, se batem, pulam, saltitam
Ao verem complicações,
Por que não palpitariam
Ao som das resoluções?

E não importa o protocolo
Nem a criptografia
Somente a doce magia
Do 'download' que arrepia.

Que seja na 'intranet' ou num chat da 'internet',
O que vale mesmo é o 'connect'
No cabo que digitaliza
E manda em pacotes fartos pelo 'modem' banda larga
O toque de quem digita.

E assim, saídos do chat
Numa conexão privada
Na tela das três letrinhas
Iniciam a batalha.

Por fim os 'nerds' cercados
Com dados de todos os lados
Derretem-se em elogios
Aos mutuamente conectados.

De aparelho dentário a seringa,
De óculos a banco de dados,
Ficam ambos enternecidos
E, com as nerdices, estupefatos.

Assim inicia-se uma história
Que pode não dar em nada,
Mas na pior das hipóteses
Com variáveis calculáveis
O resultado chegará
às mil nerdices reveladas.

Agora já sem palavras
Pois muitas foram deletadas
Encerro o sistema aqui
E no 'prompt' uma boa frase:
"Nada como uma super rede
Pra uma boa base de dados".

Poema da Conquista (fevereiro 2006)

Não sei se é só imaginação ou tornou-se obsessão,
Essa coisa de pensar em ti tanto assim está completamente fora de padrão.
Antes sem tanta importância,
Agora ganhou relevância e constância.
Apoderou-se de mim,
Fez-se começo e fim,
Mudou o rumo da história,
Ocupou-me sem demora,
Um sentimento que outrora
Vagava perdido, longe da minha memória.

Como é possível que a vida,
Essa louca varrida,
Brinque de ping-pong ou xadrez com o coração das pessoas,
Quase sempre pulando a vez
De dois coraçãos que, talvez,
Pudessem bater compassados ou descompassar de uma vez?

Não pretendo descrever em palavras
Todas as coisas pensadas,
Que já planejadas serão executadas,
Pois as palavras não seriam suficientes
Pra mostrar depois pra gente
A importância das horas gastas
Organizando essas palavras
Pra registrar um momento
De grande contentamento.

Contentamento esse que há tempos almejava,
Buscava com muita força e até cantava.
Mas, mesmo com muita batalha,
Tudo o que alcançava, acabava
Amarelado, ressecado, queimava como palha.

Até que num certo momento,
Tal e qual uma brisa ou um vento,
Preencheu-me em pouco tempo o pensamento,
Um sentimento tão gostoso e tão sereno,
Que tornou-se impossível não saber
Que o maior anseio do meu ser
Mais que nunca, hoje, tem chance de acontecer.

Agora a pergunta que não cala,
E pensando nela o coração, coitado, até dispara,
Entrega, de forma não velada, toda uma estória imaginada e criada
Pra chamar a atenção de uma curiosa declarada,
E de uma forma propositalmente inusitada
Ganhar o coração dessa alma abençoada.

Mas engana-se quem pensa que toda essa jogada
É fruto de mera ilusão de uma cabeça apaixonada.
Até porque paixão é coisa do coração
E à cabeça pertence somente a razão,
Que mesclada à minha emoção,
Dita o ritmo das batidas do meu coração.

Então, neste momento em que minhas mãos trêmulas e suadas,
Num afago doce e delicado,
Umedecem as tuas tão formosamente desenhadas,
Faltam-me as palavras para dizer-te porque foram tão longas as madrugadas
Antes que pudesse olhar na tua cara
E mostrar o que a tua beleza rara
Fez ao meu coração que agora pára.

Pára de bater por um momento
Aguardando a tua resposta em silêncio,
Pois sabe que é necessário um tempo
Antes de ver tua boca em movimento.
Abrindo-se em busca de alento,
Pois nota-se claramente
O entorpecer da tua mente
Ao ouvir as palavras insistentes
Do poeta que agora te fala pessoalmente.

Mas o final desse poema
Não depende dos meus dedos
Que há tempos o escreveram,
Preparando para este momento
As palavras que, agora ao vento,
Buscam em teus ouvidos atentos
Causar-te grande contentamento,
E despertar, no teu pensamento,
O desejado sentimento
Que almejo compartilhar contigo,
Agora e por incontável tempo.

Sei que mil palavras em poesia
Não dariam conta da ousadia que é
Tomar tuas mãos entre as minhas
Como imaginei durante muitos dias,
Te olhar nos olhos como em fantasia,
E perguntar-te sem hipocrisia
Se tens vontade de passar sem melancolia,
Ao meu lado,
Todos os dias da tua vida.

Agora, ao encerrar essa proposta,
Não sei ainda qual será tua resposta.
Se pedirá um tempo pra pensar
Ou se tens uma resposta pronta pra me dar.
Não esqueça que sobre isso podemos conversar
E quem sabe num consenso chegar.
Pois mesmo com tantas palavras pra rimar,
A coisa mais importante que eu tenho pra falar
Ainda não consegui, por sentir a coragem me faltar.
Então, antes desse poema acabar,
Olho nos teus olhos e digo sem pestanejar:
Eu só tenho vontade de te amar.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Teus Olhos...

… hipnotizam-me ignorando minhas ordens.
… invadem-me as ideias desrespeitando minhas vontades.
… provocam-me os sentidos transformando meus gostos.
… controlam-me sem tocar-me.
… tocam-me sem piscarem.
… alteram-me os pensamentos desfocando meus objetivos.
… são meus objetivos.
… iluminam-me os caminhos.
… são minha direção.
… devolveram-me a respiração sufocando a solidão.
… trouxeram-me novo sentido e inspiração.
… são objetos do meu desejo profundo superficialmente exposto.
… mostram-me quão forte ainda sou mesmo sentido-me ansioso.
… são futuro de conquistas e realizações bem-sucedidas.
… representam belos anseios.
… anseiam serem vistos e transformados.
… desejam serem amados.
… amam serem apreciados.
… buscam conexão e a encontraram no meu coração.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

As velhas discussões sobre novos sistemas operacionais

Olá! Muito tempo sem escrever.
Sei que o foco do blog talvez não seja muito sobre tecnologia, mas, como é algo muito presente em minha vida, vou transcrever aqui um post que acabei de deixar em um blog sobre o assunto.

"Novamente, mil discussões sobre S.O., mas vejo alguns sensatos por aqui. Concordo plenamente com quem diz q o Win7 é o melhor S.O. da Microsoft até agora. Eu usei DOS, 95, 98 e até o famigerado (e podre) Win Me. O XP talvez tenha sido uma das melhores versões do Windows, mas me lembro muito bem o quanto resisti para começar a utilizá-lo e todo mundo alegava q ele era um lixo, q o Win98 era o melhor e talz. De fato, S.O.s comerciais tem prazo de lançamento e muita grana correndo junto, então, as chances de serem lançados com problemas é grande, como aconteceu com TODAS as versões do Windows. Mas, até agora, não me recordo de nenhum incidente constrangedor com o Win7. Estou utilizando ele em minhas máquinas, inclusive Semprom 1.6 com 1gb de RAM e o desempenho é melhor do que com o WinXP. A única dificuldade que tive foi com o SLI do meu desktop principal que o Win7 não aceita, mas creio que é mais um problema de driver da Nvidia. Não ganho nada para defender ninguém e sou um usuário de múltiplas plataformas. Meu laptop e desktops rodam Windows e Linux (ubuntu) e os utilizo tanto para trabalho quanto para entretenimento e me sinto satisfeito com ambos. Mas o Linux também dá problemas... Não se iludam. Querem viver sem problemas? Não usem softwares ou computadores. Abraço."

domingo, 2 de maio de 2010

Um beijo gera inteligência...

"Quem aceita o 'pouco' acaba tendo sempre, o que transforma o 'pouco' em muito"
Everson Oliveira

sexta-feira, 23 de abril de 2010

DES...

1 DESatinado
2 DESbaratado
3 DESconcertado
4 DESconcentrado
5 DESprovido
6 DESpreparado
7 DESiludido
8 DESorientado
9 DESmerecido
10 DEScompensado
11 DESpencado
12 DESpirocado
13 DESpenteado
14 DESpinguelado
15 DESmotivado
16 DESesperançado
17 DESembestado
18 DESparelhado
19 DESmascarado
20 DESencantado
21 DESobrigado
22 DESfrutado
23 DESencontrado
24 DESabrigado
25 DEScompassado
26 DEScompilado
27 DESamparado
28 DESantenado
29 DEScabelado
30 DESsintonizado
31...